domingo, 17 de julho de 2011

Musicalidade

Depois de muitos anos de tanto escutar suas músicas,
seus planos e pianos, seus pios insanos, o canto inano
quando cessa a orquestria, ele continua a cadência
e seu corpo vira uma sucessão de notas agudas e graves
e sofrer é um solfejo impecável de ser atacado pelo alheio
de ser de todos e nunca mais seu próprio instrumento
mas num gracejo final, ele se sublima num penetrante falsete
cuja leveza e verticalidade, lhe impelem num glissando
Ele é agora imortal ninfa, mais do que Eco, e se faz
só para aqueles cuja alegria se escapa como doces
e melancólicos fantasmas que a luz do Sol faria as
antigas peles queimarem hereges à luz acorde
que urde e impera toda a marcha militar da vida

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