sábado, 2 de abril de 2011

Tragédia Grega

Então de súbito, tem-se todo um arredor
e ele pode procurar por uma parede,
mas só há aquilo que ele não pode tocar
e as vozes o torturam nas sombras
tal qual penosas sirenes no seu horizonte
Ele percebe, ao fim, depois de muitos anos
que já não há mais porque ser mártir
Mas é claro, ele não tem motivo
para daqui fugir, tão logo eu me
externo do escuro e estendo braços
alvos de olhos e fomes, e com isso
lhe estendo todo um mundo que
pulsa em postas e irrompe nos sussuros.
Em algum lugar desse mundo toca
alguém um sino, lembrando a todos
o caminho até o portão dos jardins.

Nenhum comentário:

Postar um comentário