domingo, 10 de abril de 2011

Porque não há uma música ao fundo
e uma mão de dedos corridos nas cordas
e uma voz a me ecoar os passos
que quando eu falo aquilo
que eu mais anseio - sai tudo sem som
e eu não sei se consigo distinguir meu timbre
entre tantos aqueles que clamam
pelo mesmo destaque do burburinho
rumo à confissão nua e civil
numa mesa qualquer
bebendo alguém refratado num copo
de vidro

Um comentário:

  1. "numa mesa qualquer
    bebendo alguém refratado num copo
    de vidro "

    empreitada filosófica.

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