sábado, 8 de dezembro de 2012

Um outro homem

Que outro homem no mundo
que não seja meu pai?
que não seja um seu amigo,
que não lhe dispute a mulher
e, por que não, também o filho?

Um outro homem, sem a marca
indelével e eterna, pré-cambriana,
de um mundo o qual não o meu
jamais poderia ser?

Apenas um homem sem história
que eu jamais tenha visto
com um corpo para sempre intocado
inédito e por mim inexplorado
quem sabe, talvez, o meu filho?

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