sábado, 8 de dezembro de 2012

Pequena dionisíaca

Quando eu sorri com o sangue de meu pai nas mãos
e as entranhas espalhadas no chão de minha mãe,
sorri fausto e pródigo, pois havia redimido esse
triste mundo de sujeiras burguesas e cantos abafados
dos meus ancestrais antepassados: quis matar
os homens ante-diluvianos, para melhor deitar
com os gigantes bíblicos de argila, extraviados,
como todos o sabem, com Ariadne em Naxos

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