quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Ano novo

Podem as paredes tombarem
e ser logo agora a hora má
de todos os sonhos bons?

Se digo sim, eu entro em brumas
que não me trazem as conchas
que as águas levam por debaixo
de meus pés salgados
Vislumbro o espesso nevoeiro;
promontório das dúvidas de granito
- vem o novo ano! vem o novo ano!

mas assim dizem todos os segundos
e dizem todos sem jamais desdizer
a ladainha que me trouxe até aqui
só para eu não te ter de volta
- vou sozinho embora

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